Umas três semanas atrás eu fiquei com dúvida em relação a minha inda pra os EUA. Comecei a colocar na balança pontos positivos e negativos. Quanto mais eu pensava, mais a dúvida me consumia.
Para quem pensa que morar longe de casa é fácil, não gira bem do juízo. E aqueles que pensam que morar em outro país é um conto de fadas, definitivamente não conhecem os desafios do dia-a-dia.
Passar um ano longe de tudo, da sua família, amigos, coisas que você gosta de fazer, comidas que você já estar acostumado a comer e que só vendem aqui (açaí, por exemplo, rsrsrs), da igreja que você freqüenta há 8 anos... Vai ser dureza. Sem contar em todo o conforto que você deixa para trás, companhia dos seus amigos, sua cama, seu cantinho, a mordomia da sua casa.
Eu já morei fora por quase seis meses e sei que não é fácil lidar com todos os desafios. Não foi fácil estar longe de casa sendo no próprio país, quanto mais fica longe por um ano, morar com uma família que nunca nem vi, cuidar de crianças que não sei como são educadas e ainda conviver com uma língua e cultura que não conheço direito. E aí?!
Muitas vez me pergunto se estou tomando a decisão certa, e se estou preparada para essa experiência, se quero arriscar perder algumas “coisas” que estou tentando conquistar aqui. Aí acontece que a queda de braço entre o medo e a coragem fica disputadíssima, e eu não consigo enxergar o limite entre o arriscar e o manter!
Mas quando relembro da minha experiência longe de casa, vejo que aprendi muitas coisas boas... a me virar sozinha, cuidar de uma casa, engolir sapos, conviver com pessoas muito diferentes e fazer amizades. Isso faz com que a balança da minha decisão comece a pender para o lado da coragem. Sem contar que ter a possibilidade de ser fluente em inglês vai abrir as portas para mim. Além de me fazer crescer como pessoa, com certeza vou voltar com uma visão mais ampliada da vida e a valorizar mais as coisas pequenas, vou crescer como profissional.
O que me alivia é saber o Deus a quem eu sirvo não vai me deixar perder o rumo (aonde quer que eu vá). Sei que Ele responde todas as orações no momento que são feitas. A resposta só demora um pouquinho a chegar porque Deus não trabalha com atalhos. O caminho que meu Paizinho me coloca para percorrer não é o mais fácil e muito menos o mais curto, mas o de melhor recompensa no final. Pensar isso me faz descansar e ficar com o coração mais tranqüilo, afinal eu já entreguei tudo, (TUDO), nas mãos Dele, inclusive aquelas “coisas” que tenho medo de perder.
Deus faz com que a coragem saia vencedora da disputa. E o melhor, me dar de brinde a disposição para aceitar a Sua vontade.
1 comentários:
Daria uma boa escritora...xeroooooooo
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