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Sem perdão não existe amanhã

Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13


Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.

Em mais de vinte anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.

Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.

Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.

Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.

Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo, pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas.

Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme, e o final não foi nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e bem diferente é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.

Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa. Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se (re)aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.

Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis, e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.

Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho. Mas já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não têm outra alternativa senão retribuir amando. As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar. Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo. O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. Sem perdão não existe amanhã.

Escrito por Ed René Kivitz

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Quando você estiver preparado o amor chegará até você!

Oiii gente!
essa é a semana dos namorados, e como eu estou sem inspiração para escrever algo relacionado ao assunto... rsrsrsrs.... encontrei um vídeo que resume muito bem o meu desejo: Esperar no Senhor!
Que esse possa ser o desejo de todos os solteiros que querem encontrar um amor, um amor verdadeiro, porque isso só é possível quando esperamos Nele!

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Apenas aprendendo a descansar...

A Bíblia é viva e fala comigo; tem pés e corre atrás de mim; tem mãos e me sustenta.”

Faz alguns dias que escutei alguém comentar que eu estou muito segura, autoconfiante, como um aspecto positivo. Passado alguns instante fui analisar o que ouvira e me deparei com muitos anseios. Nada do que eu faço ou planejo tenho a mínima certeza se vai acontecer, mas na bíblia encontro descanso e logo consigo levar meus desejos e temores à Jesus.

A Sua palavra estar cheia de promessas onde podemos encontrar paz para esperar, qualquer coisa, EM CRISTO. Provérbios 3;5 diz; “Confie no Senhor de todo o seu coração; nunca pense que sua própria capacidade é suficiente para vencer os problemas.” Meu segredo tem sido esse.

Minha segurança não é de que o amanhã vai ser como eu espero, mas que Deus vai fazer tudo do jeito que eu preciso. Foi o próprio Jesus que falou para não andarmos ansiosos com coisa alguma, pois até das aves Ele cuida. Que promessa maravilhosa!

Não, não estou segura em mim mesmo, mas apenas aprendendo a entregar os meus caminhos nas mãos desse meu Paizão que sabe o fim desde o princípio. E ninguém há melhor para dirigir os nossos passos. Nem nós mesmos, afinal “enganoso é o coração do homem”...
Quando o bixo pega e a ansiedade aperta, relembro de um comentário que li na bíblia: "Concentre-se primeiro no próprio Deus; seja prático em obras. E enquanto compartilha Cristo com o mundo, você descobrirá que Ele atenderá as suas necessidades."
É, tenho aprendido a descansar... e minha fonte tem sido a palavra do Senhor!
 
 

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Não sei se vou... não sei se fico...


Umas três semanas atrás eu fiquei com dúvida em relação a minha inda pra os EUA. Comecei a colocar na balança pontos positivos e negativos. Quanto mais eu pensava, mais a dúvida me consumia.
Para quem pensa que morar longe de casa é fácil, não gira bem do juízo. E aqueles que pensam que morar em outro país é um conto de fadas, definitivamente não conhecem os desafios do dia-a-dia.
Passar um ano longe de tudo, da sua família, amigos, coisas que você gosta de fazer, comidas que você já estar acostumado a comer e que só vendem aqui (açaí, por exemplo, rsrsrs), da igreja que você freqüenta há 8 anos... Vai ser dureza. Sem contar em todo o conforto que você deixa para trás, companhia dos seus amigos, sua cama, seu cantinho, a mordomia da sua casa.
Eu já morei fora por quase seis meses e sei que não é fácil lidar com todos os desafios. Não foi fácil estar longe de casa sendo no próprio país, quanto mais fica longe por um ano, morar com uma família que nunca nem vi, cuidar de crianças que não sei como são educadas e ainda conviver com uma língua e cultura que não conheço direito. E aí?!
Muitas vez me pergunto se estou tomando a decisão certa, e se estou preparada para essa experiência, se quero arriscar perder algumas “coisas” que estou tentando conquistar aqui. Aí acontece que a queda de braço entre o medo e a coragem fica disputadíssima, e eu não consigo enxergar o limite entre o arriscar e o manter!
Mas quando relembro da minha experiência longe de casa, vejo que aprendi muitas coisas boas... a me virar sozinha, cuidar de uma casa, engolir sapos, conviver com pessoas muito diferentes e fazer amizades. Isso faz com que a balança da minha decisão comece a pender para o lado da coragem. Sem contar que ter a possibilidade de ser fluente em inglês vai abrir as portas para mim. Além de me fazer crescer como pessoa, com certeza vou voltar com uma visão mais ampliada da vida e a valorizar mais as coisas pequenas, vou crescer como profissional.
O que me alivia é saber o Deus a quem eu sirvo não vai me deixar perder o rumo (aonde quer que eu vá). Sei que Ele responde todas as orações no momento que são feitas. A resposta só demora um pouquinho a chegar porque Deus não trabalha com atalhos. O caminho que meu Paizinho me coloca para percorrer não é o mais fácil e muito menos o mais curto, mas o de melhor recompensa no final. Pensar isso me faz descansar e ficar com o coração mais tranqüilo, afinal eu já entreguei tudo, (TUDO), nas mãos Dele, inclusive aquelas “coisas” que tenho medo de perder.
Deus faz com que a coragem saia vencedora da disputa. E o melhor, me dar de brinde a disposição para aceitar a Sua vontade.

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Ainda falta muito....

Vim rapidinho aqui falar mais um pouco sobre o andamento do intercâmbio!
Bem, depois que eu consegui completar as 200h de experiência com criança eu viajei até Recife para ir à agência que estou fechando tudo.

Nossa...! quando eu tava subindo as escadas para entrar na agência me deu um frio na barriga, senti como se o sonho estivesse muito perto de se torna real. Aí eu fiz minha inscrição novamente, fiz um teste psicológico e um teste em inglês.
Feito tudo, ainda curtir uns dias passeando na cidade, e voltei para esperar o resultado do teste de inglês. Fiquei bastante ansiosa porque estava demorando muito para receber, e só consegui com um mês depois. Mas fiquei satisfeita com o resultado, obtive o nível Intermediário.
Iúre, meu consultor da agência, me ligou e disse que eu precisava concertar uma referência de cuidados com crianças e que quando eu fizesse eu enviasse por carta registrada para ele junto com minha ficha 19 devidamente autenticada. Poxa, eu não esperava que ainda iria demorar mais para fechar tudo e entregar meu Application. Mas tinha que fazer e fui atrás de resolver. Ele também marcou o dia da entrevista em inglês pelo telefone. Caraca, pense num sofrimento falar inglês rsrsrsrs, mas consegui desenrolar graças a uma aula de conversação que fiz um dia antes para treinar  hehehehehehe. Feito a entrevista ele falou para eu fazer logo o vídeo, que precisa ser em inglês também. Eu me vi muito agoniada. Sou muito ansiosa e as coisas não estavam acontecendo na velocidade que eu esperava.
Consegui resolver tudo em relação à ficha19 e a referência de cuidados com criança e com uma semana depois ele recebeu a correspondência.
Bom, eu precisei concertar a carta da host family e uma profa particular de inglês me ajudou com isso. Ficou muito legal. E como também precisava fazer o vídeo, ela me ajudou com o texto da fala. Nossa, como deu trabalho! Repeti o texto umas 30 vezes para decorar e gravei umas 15 pra sair um legal rsrsrsrs. E depois que consegui gravar um bom vídeo, ainda tive trabalho em converter para o formato que o site do Au Pair in America (agência americana do intercâmbio) pede. Eu não estava conseguindo fazer isso sozinha, aí fui pra casa do meu amigo Victor que fez por mim!

Áh, estou esperando Iúre olhar meu vídeo e a carta e aprovar tudo. Depois que isso acontecer – ainda falta chegar as novas referências que enviei segunda-feira para ele – ele junta tudo e envia para a sede da Experimento (a agência aqui do Brasil) em São Paulo, para eles aprovarem lá também, para poder encaminhar tudo outra vez para Londres (onde fica a sede da agência americana), chegando em Londres é que eles checam tudo e me liberam para ficar online no site e finalmente as famílias que se agradarem do meu perfil entrarem em contato.
Resumindo, lá pra final de Junho estarei online para começar a procura pela família “perfeita”.


Ah, postei o vídeo. Mas prometam não rir do meu sotaque nordestinizado rsrsrs Prometo que quando voltar será bem flueeeeeeente! hehehehe



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