Rafael viu Aninha, uma garota que lhe chamou muita atenção. Chega junto... trocam e-mails e telefones. Se falam com mais calma e marcam um encontro – Valeu Rafael, você é O cara! Ao saírem ele percebe então que não se enganou: “realmente Aninha, você é uma moça encantadora!”. Os dois saem mais vezes.... ficam! Duas semanas se passam e agora estão completamente apaixonados.
Dizem palavras fortes, intensas, declarações de um amor sem fim, juras de amor eterno : “Antes de te conhecer Rafael, eu simplesmente não sabia o que era felicidade!!” – ora ora mocinha, quanta injustiça com suas amigas que são sempre boas companhias... divertidas, inteligentes, leais – ele derretidíssimo, responde: “Te amo pra sempre, você é o ar que respiro, o sol que me aquece, a luz que me guia, a razão do meu viver” (Quanta superficialidade!!!). O “TE AMO” virou bom dia, comum e fácil de ser dito, nem precisa que seja verdadeiro. Mas como Martha Medeiros diz: “Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento”. Os sentimentos tranqüilos são os mais saudáveis e duradouros, fazem um bem danado!
Nada precisa ser tão intenso! Nada merece ser vivido as pressas! Calma e um pouco de mistério fazem bem pra qualquer relação. Mas porque mistério? Simples... ele excita e deixa um sabor de quero mais... é só observar quando alguém quer te deixar louca, as palavras são ditas por enigmas, tudo fica meio subentendido. O segredo é não despejar tudo de vez, é viver no conta gotas, seria como um remédio que se deve tomar aos poucos, de hora em hora pra fazer efeito, caso contrário causa overdose e se morre por intoxicação. O que quero dizer é que não se mostra todas as armas de uma só vez, o outro deve ter a curiosidade da descoberta. Cada dia tem que ser encarado como um novo desafio. Você vai surpreender e ser surpreendido também!
Tudo deve ser degustado, APRECIADO! Como o vinho que se tomado muito depressa, não se sente o sabor, a textura, o aroma, e você ainda corre o risco de se embriagar, contudo se você tiver calma e souber apreciar, tomando-o lentamente, você vai perceber todos os seus aspectos. A vida não é diferente, devemos sempre ir devagar, ser atento, estar apercebido. Senão você nem sente o sabor de cada momento. Quero deixar claro: devemos sim nos doar, nos permitir, sem medos, porém um pouco de reserva e mistério, convenhamos, não mata, né? Pelo contrário... é como o remédio, lembra?!
Sonde o terreno em que esta pisando. Tente conhecer a fundo a outra pessoa: seja atento, observe, perceba. Seja também sempre sincero. Jogue limpo! mas use sua sinceridade de forma inteligente, no momento certo e com as palavras certas.
Tudo, todas as coisas, em todos os sentidos, para darem certo de verdade, devem estar no meio termo. É o chamado equilíbrio. Se você conseguir? Bravo, bravo!! Terá relações saudáveis, tranqüilas, e duradouras. E se você não conseguir? Lamento, vai acontecer o mesmo que aconteceu com Aninha e Rafael: enquanto escrevia esse texto, eles gastaram tudo, todas as reservas, todas as declarações, todas as surpresas, todas as forças, e já não tinham mais nada pra ser vivido. Daí... o amor ardente esfriou e fim!
(Raquel Siqueira)
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