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kkkkk..

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!

(LFV)

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reseeenhaa

eu tenho uma tia, que a amo mt, eh a pessoa mais engraçada da família... infelizmente nao aprendeu a ler... dai minha prima estava ensinando a ler a palavra q tinha no pacote, q era "biscoito"
foi assim, olha so...
- "B" com "I"?
-"BI"
-mais "S"?
-"BIS"
-"C" com "O"?
-"CO"
-mais I?
-"COI"
- "T" com"O"?
-"TO"?
- muito bem mae, qual é a palavra?
- BOOO-LAA-CHAA


kkkkkkkkkkk
ninguem se aguentou na hora, pense que todo riu que quase se mijou
kkkk
reseeenha demais essa minha tia!! te amo tiiiaaa!!!

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O pequeno Príncipe

E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"


(Antoine De Saint- Exupéry)

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FIZERAM A GENTE ACREDITAR!

Esta é a semana dos namorados, mas não vou falar sobre ursinhos de pelúcia nem sobre bombons. É o momento ideal pra falar de sacanagem.
Se dei a impressão de que o assunto será ménages à trois, sexo selvagem e práticas perversas, sinto muito desiludí-lo. Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente.
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é racionado nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais rápido.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula....duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, .... e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Ninguém nos disse que chinelos velhos também têm seu valor, já que não nos machucam, e que existe mais cabeças tortas do que pés.

[M.M]

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Estou lendo um livro maravilhoso a qual gostaria de compartilhar alguns trechos que me chamam a atenção!!
Ao longo da minha leitura, vou publicando as partes que venham a me tocar...!

O livro é: Confissões, de Santo Agostinho.


Quem me dera descansar em ti! Quem me dera que viesses a meu coração e que o embriagasse, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abrace contigo, meu único bem! Que és para mim? Tem piedade de mim, para que eu possa falar. E que sou eu para ti, para que me ordenes amar-te e, se não o fizer, irar-te contra mim, ameaçando-me com terríveis castigos? Acaso é pequeno o castigo de não te amar? Ai de mim! Dize-me, por tuas misericórdias, meu Senhor e meu Deus, que és para mim? Dize a minha alma: eu sou a tua salvação. Que eu ouça e siga essa voz e te alcance. Não queiras esconder-me teu rosto. Morra eu para que possa vê-lo, e para não morrer eternamente.

(Pág, 32)

Deus Senhor de todas as coisas; e se encontram em ti as causas de tudo o que instável, e em ti permanecem os princípios imutáveis de tudo o que se transforma, e vivem as razões eternas de tudo o que é transitório.

(Pág, 34)

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~~FELICIDADE REALISTA~~



A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o
que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são
ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos,
além de saúde, ser magérrimos, sarados,
irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a
comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e
uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos
alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza
e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar
pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados,
queremos ser surpreendidos por declarações e
presentes inesperados, queremos jantar à luz de
velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem
e diário, queremos ser felizes assim e não de outro
jeito. É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de
uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo
de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz
com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro,
feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo,
principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando.
Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar
segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça,
como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de
criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e
aceitar o improvável.

[Mário Quintana]

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Cantada...

O Aurélio diz: Cantada: sf. 1. Canto. 2. Pop. Conversa cheia de lábia com que se tenta seduzir alguém.
Cantador: Que canta/ cantor ou poeta popular.
Bom mais eu digo: Cantada: Ato estúpido de uma pessoa que não tem nada a dizer e quer apenas chamar atenção para si constrangendo ou não outra pessoa.
Fato comum desde os primórdios da humanidade, é o jeito em que "algumas" pessoas, têm de chamar a atenção do sexo oposto por meio de artifícios, que para eles é muito "eficaz"(será?).
Muitas das pessoas "cantadas" até que gostam e afirmam que: "Se um dia sair na rua e não receber nenhuma cantada é por que o negocio tá meio ruim pro seu lado (que ela ta feia precisando se cuidar)". Eu falo isso baseado em fatos, realmente eu não deveria levar em consideração o evento mencionado anteriormente, até por que espero eu, que ela seja apenas uma exceção.
Me refiro sempre na figura feminina como alvo de cantadas, porque são poucas as mulheres que se dão o desfrute de cantar alguém do sexo oposto, não que algumas não o façam mais digamos que, as mulheres tenham um senso mais apurado do que os homens, para usar desse artifício tão ridículo e machista.
Certo que muitos podem ficar chateados com esse texto, mais é apenas a minha visão sobre o assunto, (o que é um tanto lógico já que o blog é meu) até por que isso deve ser algo cultural e tal... (cultural ou primitivo?).
Mais não irei generalizar por que como toda regra a exceção, essa não será diferente, a sim, uns perdidos por aí que preferem ou guardar sua visão do que pensa, sobre o sexo oposto para si, ou usar de outros meios para chamar a atenção tipo:
"A inteligência"
Então iremos aos reais significados de algumas cantadas:
(a meu ver)
*Psiu! : o significado é: "Hei olhe pra mim, eu sou um retardado!".
Na pratica... Você sai na rua caminhado tranquilamente, quando derrepente ouve um sonoro "psiu", então em alguns casos (não no meu) você vira para olhar o que é, até porque pode ser algum conhecido seu, que deve ter esquecido seu nome de novo... e ao se virar, se depara com um "lesão" com sérios distúrbios mentais (nem sempre), te olhando, com aquele olhar de cobiça... qual será a verdadeira intenção dele? A tá penso que ele deveria esperar que você fosse até lá e se apresentasse a ele e tal... Mais como manda as regras (e o bom senso) você simplesmente olha com um cara de apatia, e vira a cara pro outro lado.
Mais, ainda aconselho a não olhar!
*A cadelinha tem telefone? : Fim de tarde e você resolve passear com sua cadelinha adorável, então você passa por um cara que pergunta: "A cadelinha tem telefone?".
Então irei dar o verdadeiro significado dessas cantada: "Sabe como é né? Mulher tá difícil... então se sua cadelinha estive disponível no fim de semana...".
Pois é, a meu ver, é isso que deve passar pela cabeça dele... Então você que levou a cantada pode responder: "Pergunta a ela!" Ou então olhar de novo com um olhar de indiferença e de muito aborrecimento, afinal você não deve dar ousadia.
*Nossa quando a noite vai ser boa, as estrelas saem logo cedo: Sem comentários...
Acho que ele queria ser um poeta e tal... Mais desse jeito...
*Você é a nora que mamãe pediu a Deus: Nossa essa é velha, muito velha... Então se você estiver a fim vira e diz: "Perca de tempo da sua mãe, ela deveria ter pedido um filho com saúde e inteligência, assim ela não teria que pedir uma nora, porque não seria necessário." Confesso que essa é uma resposta um pouco longa, mais se você não quiser mais ouvir essa cantada, (pelo menos dessa pessoa) ela vai cair como uma luva.
*Você é a uva sem caroço que nasceu no Vale do São Francisco: Sem comentários...
Embora seja bem original e levando em consideração a região em que ela for dita...
As cantadas são muitas, e as respostas possíveis também, o problema é que algumas (o que não são poucas) mulheres de pouca massa cinzenta gostam fazer o que? Podem me taxar de mondrongo, ou despeitada que nunca levou uma cantada e tal... (nossa quem dera), por não gostar desse tipo de artifício de conquista, mais eu prefiro algo inteligente. Esse negocio de cantada, pelo menos comigo não cola! E a pessoa que o fizer por mais legal que seja, cai completamente no meu conceito.
Cantada além de um falta de educação é uma tremenda falta de respeito, faz parecer que nos mulheres somos apenas belos pedaços de carne a venda em um açougue a espera de um cara com a mais bela cantada para então se apaixonar e ser feliz para sempre... (nossa viajei agora!) Ops! Um detalhe para as que gostam: a maioria desses caras que soltam essa piadinhas, não querem nada, com nada e fazem isso só para se exibir e se provar para os demais da sua turma, até por que quem faz essas piadinhas só diz quando está em grupo, por que quando está sozinho... (cria um mínimo de bom censo)

By Alieny Aparecida da Silva

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TIRE-O DA CABEÇA

Você estava apaixonado por alguém e levou um fora. Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça. Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios?

Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, não quero mais saber daquele prepotente, desapareça, um, dois e já!

Parece que funcionou. Você sai na rua para testar. Sim, você conseguiu: olhou vitrines, comeu um sorvete e folheou duas revistas sem derramar uma única lágrima. Até que começa a tocar uma música no rádio e desanda a maionese. Você não tirou coisa alguma da cabeça, ele ainda está lá, cantando baixinho pra você.

Táticas. Não ficar em casa relendo cartas e revendo fotos. Descole uma festa e produza-se para matar. Você bem que tenta, mas nada sai como o planejado. Os casais que se beijam ao seu lado são como socos no estômago. Você se sente uma retardada na pista de dança. Um carinha puxa papo com você e tudo o que ele diz é comparado com o que o seu ex diria, com o que o seu ex faria. Chamem o EccoSalva.

Livros. Um ótimo hábito, mas em vez de abstrair, você acha que tudo o que o escritor escreve é para você em particular, tudo tem semelhança com o que você está vivendo, mesmo que você esteja lendo sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia.

Viajar. Quem vai na bagagem? Ele. Você fica olhando a paisagem pela janela do ônibus e só no que pensa é onde ele estará agora, sem notar que ele está ali mesmo, preso na sua mente.

Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai.

(Martha Medeiros)


14 de setembro de 1998

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PARA VIVER UM GRANDE AMOR

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

(Vinícius de Moraes)

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Soneto da separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Moraes)

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VOCÊ É...



Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

Martha Medeiros

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Dor de desapego!

Escrevo muito. Sempre fiz isso. Pequena, quando alguma coisa me chateava, lá estava eu com papel e caneta em punho. E fui crescendo e o hábito foi tomando contornos de desabafo, quase terapêutico. Muito pepino no dia-a-dia? Lápis. Muito abacaxi pra descascar? Papel. Muito sapo pra engolir? Mãos a obra, vamos escrever!

Hoje não é diferente. Escrevo ainda. Mais madura, entretanto, não tenho a pretensão de curar meus ais com os meus textos, mas de encará-los todos. É meu método, a forma de alinhavar o pensamento e preparar o corpo e a alma, a cabeça e o coração para o que há de vir.

E a minha dor de hoje é dor de desapego. Não meu, mas de um moço que tem me encantado bastante e a quem não consigo acompanha-lo na postura, nas manias, e, principalmente, no tempo. O tempo dele passa mais lento.

Pondero que se por um lado ele me propõe curtir o presente, por outro ele me impede de fazer planos - "porque o amanhã é incerto demais para quaisquer planos". Nada de sonhar com aquela viagenzinha a dois pr'um friozinho qualquer, nada de sair com amigos e curtir farra gostosa, nada de gozar um jantarzinho íntimo com outro casal. Nada de usar a frase " meu namorado". Hoje? Nem pensar. Amanhã? Nada de planos, lembra?! Estabilidade? nem se cogita! Correr para um porto seguro? seria demais pra cabeça dele!!!

Ainda não consigo me acostumar com a insegurança dos relacionamentos ditos modernos! Quero ter alguém com quem possa contar, que possa desejar sem medo de não ser desejada! Alguém que me ligue só pra saber o que eu fiz do dia, e não apenas para marcar um encontro quando bem entender que é a hora.... Isso é querer demais? não concordo...! O que eu desejo é o mínimo, mas parece que meu mínimo é impossível de ser dado!! "Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade."


E eu pensando... E essa ternura, meu Deus! E essa minha ternura inútil, desaproveitada...

Sinto-me vazia de planos, mas estou cheia de fé. E é isso o que importa.

(Raquel Siqueira)

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METADE - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que o homem que eu amo seja sempre amado, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.

E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também

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DEIXAR ROLAR

O beijo é bom...
A química é perfeita...
O olhar e o sorriso diz tudo!!

Aí de repente surge um "DEIXA ROLAR"..
É... só pra ver se "dá certo",
pra ver "o que acontece"
Você quer.. a pessoa quer.. mas tem medo..
Querem ser livres e ao mesmo tempo um do outro...
Coisinha dificil de conciliar hein ...

"Se tudo pode acontecer
o que tiver que ser será
e se tiver que ser vai ser
deixa rolar..."

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Como Uma Onda

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como o mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro
Sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro
Sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
E nada como uma onda, depois de outra onda e depois de outra onda e depois...

(Lulu Santos)

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Acredito que nada
do que é importante,
Se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos,
Julgando ser donos das coisas,
Dos instantes e dos outros.
Comigo caminham:
Todos os amigos que se afastaram,
Todos os dias felizes que se passaram.
Não perdi nada,
Apenas a ilusão de que tudo podia ser meu,
Assim, Para Sempre!

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PRECISO DE ALGUÉM


Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odia-lo por isso.
Neste mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nesta coisa misteriosa, desacreditada, quase impossivel de encontrar: A Amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja pouco para as suas necessidades.
Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:
"Nós ainda vamos rir muito disso tudo"
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher o meu Amigo.
E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela...

(Charlie Chaplin)

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(Charles Chaplin)

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz


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Interrompendo as Buscas


ASSISTINDO AO ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso.

Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca.

Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas ¿ sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas.

Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?

Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um vira pátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor.

(M.M)

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O que se pode prometer: pode-se prometer atos,mas não sentimentos; pois estes são involuntários.Quem promete a alguém amá-lo sempre,ou sempre odiá-lo ou ser-lhe sempre fiel,promete algo que não está em seu poder; mas ele pode prometer aqueles atos que são conseqüência do amor,do ódio,da fidelidade,mas também podem nascer de outros motivos: pois caminhos e motivos diversos conduzem a um ato.A promessa de sempre amar alguém significa,portanto: enquanto eu te amar,demonstrarei com atos o meu amor; se eu não mais te amar,continuarei praticando esses mesmos atos,ainda que por outros motivos: de modo que na cabeça de nossos semelhantes permanece a ilusão de que o amor é imutável e sempre o mesmo.Portanto,prometemos a continuidade da aparência do amor quando,sem cegar a nós mesmos,juramos a alguém amor eterno...
(Nietzsche).

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Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

(luís fernando verissimo)

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Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas...
Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".

(Luís Fernando Veríssimo)

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ÍNDIOS

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.


(Legião Urbana)

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DEFICIÊNCIAS

Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.

Miseráveis são todos que não conseguem enxergar a grandeza de Deus.

Mário Quintana

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(Pedro Bial)

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos.

Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada.
Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.

Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da
tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer.
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente.

De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.

Qual é? Morrer é um cliche.

Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em
casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas
cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e
morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito.
Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo.
Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz.

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.

Só que esta não tem graça.


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Os TRuques que Mr.M não Revela

Sacana ou não, todo mundo adora quando Mr. M revela o segredo das mágicas mirabolantes que sustentam os ilusionistas. Tigres que desaparecem, mulheres cortadas ao meio, pessoas que levitam, nada mais nos surpreende. É um dedo-duro esse Mister M, e os mágicos têm toda razão de querer socá-lo dentro de uma cartola e despachá-lo para Kuala Lampur com a passagem só de ida. Seguirá Claudia Schiffer fazendo aparições ao lado de David Coperfield, agora que ele está a um passo de pedir esmolas? Mistério. A bem da verdade, acho Mister M um estraga-prazeres, ainda que a curiosidade me impeça de boicotá-lo. Mas eu seria sua fã número 1 se ele revelasse como funcionam os truques de um relacionamento a dois.

1. Você sai com um cara, pinta um clima, ele pede seu telefone e a deixa em casa. Você achou o cara legal, nada além disso. Está na cara que não é seu príncipe. Dia seguinte, ele não liga. Tudo bem. No outro dia, ele não liga de novo. Você começa a achá-lo muito legal. No sábado seguinte, o telefone segue mudo. Você está troncha de saudades. No domingo ele liga, combina um cinema e você, ao desligar, está completamente apaixonada. Como é que ele conseguiu isso?

2. Você sai com um cara, pinta um clima e ele pede pra você ligar no dia seguinte. Você, claro, não vai dar mole. Dia seguinte, meio-dia, você olha para o telefone e pensa: “Ele que espere”. Às três da tarde, pensa: “Se eu ligar, ele vai achar que estou a perigo”. Às cinco: “Mas ele pediu, coitado”. Às seis e meia: “Se eu não ligar, ele vai achar que não estou a fim”. Às sete: “Vai achar que tenho outro”. Às oito você liga, o telefone dele está ocupado e você começa a rugir pela casa. Como foi que ele a transformou numa onça?

3. Vocês terminaram um namoro de seis meses. Quando estavam juntos, você o achava mal-vestido, desbocado, galinha e insensível. Agora que ele se foi, você acha que ele tinha um olhar doce, ótimas pernas, um belo emprego e sintonia fina com você. Que diabo, como é que ele conseguiu virar outra pessoa?

Entregue-os, Mister M.

(M.M.)

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o amor não acaba, nós é que mudamos

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

(M.M.)

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O medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.


(M.M)

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Desconstruções

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam ideias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atónito.

Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.

A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

(desconhecido)

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Tolerância pro amor

Quando Fidel Castro mandou fuzilar os homens que tentaram fugir de Cuba numa embarcação clandestina, meses atrás, o mundo se revoltou. Até mesmo aqueles que eram simpatizantes da política do ditador se manifestaram contra. O escritor José Saramago foi quem melhor soube sintetizar seu sentimento: “Cheguei até aqui”. Com esta simples frase, ele demonstrou qual era seu limite de tolerância. Não iria adiante com Fidel.

Todos nós temos um limite de tolerância em relação a tudo. Mas nas questões amorosas este limite tende a se esticar em função das nossas carências, das nossas fantasias, da nossa esperança de que, da próxima vez, as coisas irão dar certo. Mas não dão. E não dão de novo. Até onde você pode chegar?

Você teve uma relação terminada, sofreu muito, mas até hoje o cara segue seduzindo você. Você não dá a mínima, até que um dia cede, mas aí ele é que não corresponde. Você volta a ficar na sua, ele volta a seduzí-la, você resiste, resiste, resiste, até que um dia você cede de novo, marca um encontro, e ele cancela. E assim passam-se meses, anos, numa situação absurda: ele atrás de você, e quando você diz sim, ele cai fora. Se você não consegue dar um basta nisso, é porque você ainda tem tolerância pra gastar.

Ela lhe telefona e você larga tudo para vê-la, mas no dia seguinte ela volta pro namorado.

O sexo é ótimo entre vocês, mas quando não estão na cama, vocês não conseguem trocar meia-dúzia de frases sem brigar.

Vocês adoram os mesmos filmes, os mesmos programas, são apaixonados um pelo outro, mas sexualmente há uma falta de atração total.

Você se sente infeliz, mas não tem coragem de começar vida nova.

Você se arrependeu de deixá-la, mas seu orgulho impede de pedir pra voltar.

Até onde podemos ir? Até o limite do suportável. Um belo dia, depois de inúmeras repetições do mesmo erro, a gente desiste. Com tristeza pela perda, mas com alegria pela descoberta, diz pra si mesmo: “cheguei até aqui”. E, então, a vida muda.

(M.M)

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Conselhos de um velho apaixonado!


"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.

Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!
"


(Carlos Drummond de Andrade)

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O que esperar do amor...


Somos, pela maneira de perceber o mundo, seres incompletos. Vivemos buscando desesperadamente a nossa "metade".
Às vezes pensamos ter encontrado e o nosso primeiro desejo é ficar junto até que a morte separe.
No início da relação com a nossa "outra metade", ali do lado, nos sentimos completos e felizes. Mas muitas vezes, ele resolve ir embora e lá estamos nós partidos, fragmentados.

Depois de alguns episódios de fracassos ficamos com a impressão de que algo está errado.
Começamos, então, a procurar um relacionamento que não nos deixe tão perdidos ao acabar, porque descobrimos, já não tão surpresos, que sim... Os relacionamentos acabam!
É quando percebemos como é difícil conseguir uma relação rica e criativa, inteira, sem dependência.

Aí vem a pergunta: o que os homens procuram nas mulheres e as mulheres procuram nos homens?
Quantas pessoas não se queixam que o casamento não deu certo, que o namoro não deu certo. Contam que, apesar de terem se dedicado tanto ao outro, de terem amado, cuidado e convivido, de repente a outra pessoa simplesmente deixou de amar.
E se queixam dizendo: "Ah, eu investi tanto nessa relação!" É isso que fazemos.
Investimos nas relações. Investimos como se fosse um negócio.
Agimos como quando colocamos o dinheiro na poupança e esperamos que os juros aumentem para que o investimento cresça!

Damos amor, fidelidade, sexo, companheirismo, cumplicidade e, quando o retorno não vem é o caos! O investimento não teve retorno! Ora, nos negócios existe o risco. Pode dar certo ou não. E quando não dá não adianta culpar o mercado ou o corretor.

Trata-se apenas de juntar o que sobrou e reinvestir novamente em outras condições ou sair à francesa, retirar-se do mercado por um tempo, para evitar maiores prejuízos!

O amor, entretanto, não é um mercado.
Amamos para amar ou para ser amados?
Para as duas coisas, você diria... Mas, na verdade, a gente só pode se responsabilizar pelo nosso sentimento, nunca pelo do outro.

Mas já que amamos e estamos sempre procurando um jeito de misturar a nossa vida com a de alguém, o que se diz nesse momento é: siga em frente e seja feliz.
Nunca um adeus dolorido vai ser pior do que um ficar por ficar!


(Clotilde Tavares)

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De cara lavada

hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos

o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos

a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos

aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos

(Martha Medeiros)

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Fantasmas...

Você sabia que existem homens fantasmas? – É existem sim! Eles aparecem e somem de repente da sua vida. No começo agem como se não quisessem nada – pura tática! Tudo que eles querem é te assombrar. Fingem-se de bonzinhos – se dispõem até a fazer algumas aparições: te ligam, saem com você, mandam mensagem, dão atenção toda especial – È estranho um fantasma poder fazer tanta coisa, mas é porque o homem fantasma não é desocupado – há trabalho a ser feito para que o objetivo seja alçando e a missão então cumprida – como são ousados, vêm e mostram para que vieram!

A primeira parte do plano é deixar a mulher segura – por isso usam das aparições. Se a vítima cair, então entram na segunda etapa: começam a pedir algo em troca, e quando a mulher não se propõem a dar-lhes, utilizam outra estratégia – a da forçassão de barra – tipo uma chantagem emocional – muitas vezes dizem até que estão apaixonados e quando não dizem (porque nem todos dispõem desse poder – falar de amor) dão dicas para que a mulher entenda que sim. Algumas caem no golpe, outras mais espertas que eles, não se deixam iludir por esses ‘filhos da mãe’ que só aparecem para perturbar.

Plano feito, táticas usadas, etapas cumpridas – Se conseguirem um resultado positivo eles ficam e te assombram mais um pouquinho – até você perder a graça e então se cansarem da brincadeira – aí é a hora de tentar inovar –precisam de uma peça nova pra tudo então se tornar mais divertido. Quando apesar dos esforços aparentes eles não conseguem o esperado, partem para outra o alvo já não é mais você – bom pra você que se livrou de um fantasma e ruim para a próxima vítima – essa agora pode está fragilizada – e se estiver – coitada, vai cair na armadilha!!!

Como diferenciar um homem fantasma de um homem de verdade? Infelizmente não tem como, porque os fantasmas têm as mesmas características físicas do homem de verdade – bem que eles poderiam ter um dedo a menos ou uma orelha cortada, alguma coisa que servisse para distingui-los – só que não há. A saída é você, mulher como eu, usar de uma tática também: não dar nada de imediato a homem algum – afinal, pode ser assombração – mas se for não durará muito tempo em sua vida, porque fantasma desaparece muito rápido! – são impacientes - têm metas a cumprir e não pode perder tempo com um alvo só. Se o contrário for – você tiver a chance (ou seria a sorte?) de encontrar um homem de verdade, esse permanecerá em sua vida – pois diferentemente dos fantasmas, você para ele não é um objetivo – tudo que o homem de verdade quer é se fazer bem real – e detalhe: sem esperar nada em troca.

Não seja um alvo fácil – não permita-se ser apenas mais um número na estatística desses malditos. Mas se for, perceba isso a tempo de não cair na cilada – exorcize-os de sua vida, e faça o favor de não acreditar mas neles – porque não existem – são apenas frutos de sua imaginação.

(Raquel Siqueira)

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Cuida da imagem que você anda deixando por onde passa.
Que lembrança você anda gravando nas pessoas?

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Algumas musicas dos anos 60...


(Nossa gente, como as músicas de antigamente são puras....)


[Música: Você passa eu acho graça (1968)

Autoria: Ataulfo Alves e Carlos Imperial

Interpretação: Clara Nunes]

Quis você pra meu amor,
E você não entendeu,
Quis fazer você a flor,
De um jardim somente meu,
Quis lhe dar toda ternura,
Que havia dentro em mim,

Você foi a criatura,
Que me fez tão triste assim.

Ah! E agora,

Você passa eu acho graça,
Nessa vida tudo passa,
E você também passou,
Entre as flores,
Você era a mais bela,
Minha rosa amarela,
Que desfolhou, perdeu a cor.
Lá, lá, lálá, láiá...


Tanta volta o mundo dá,
Nesse mundo eu já rodei,
Voltei ao mesmo lugar,
Onde um dia eu encontrei,
Minha musa, minha lira,
Minha doce inspiração,
Seu amor foi a mentira,
Que quebrou meu violão

Ah! E agora,

Você passa eu acho graça,

Nessa vida tudo passa,
E você também passou,
Entre as flores,
Você era a mais bela,
Minha rosa amarela,
Que desfolhou, perdeu a cor.
Lá, lá, lálá, láiá...


Seu jogo, é carta marcada,
Me enganei, não sei porque,
Sem saber que eu era nada,
Fiz meu tudo de você,
Pra você fui aventura,
Você foi minha ilusão,
Nosso amor foi uma jura,
Que morreu sem oração.

Ah! E agora,

Você passa eu acho graça,
Nessa vida tudo passa,
E você também passou,

Entre as flores,
Você era a mais bela,
Minha rosa amarela,
Que desfolhou, perdeu a cor.
Lá, lá, lálá, láiá......

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[Música: Namoradinha de um amigo meu

Autoria: Roberto Carlos

Interpretação: Roberto Carlos ]

Estou amando loucamente

A namoradinha de um amigo meu

Sei que estou errado

Mas nem mesmo sei como isto aconteceu

Um dia sem querer olhei em seu olhar

E disfarcei até pra ninguém notar

Não sei mais o que faço

Pra ninguém saber que estou gamado assim

Se os dois souberem

Nem mesmo sei o que eles vão pensar de mim

Eu sei que vou sofrer mas tenho que esquecer

O que é dos outros não se deve ter

Vou procurar alguém que não tenha ninguém

Pois comigo aconteceu gostar da namorada de um amigo meu

Comigo aconteceu gostar da namorada de amigo meu

Comigo aconteceu gostar da namorada de amigo meu

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[Música: Minha Namorada

Autoria: Carlo Lira e Vinicius de Morais

Interpretação:Dick Farney]

Se você quer ser minha namorada,

Ah que linda namorada você poderia ser

Se quiser ser somente minha exatamente esta coisinha,

Esta coisa toda minha que ninguém mais pode ser,

Você tem que me fazer um juramento,

De só ter um pensamento,

Ser só minha até morrer,

E também de não perder esse jeitinho,

De falar devagarinho,

Estas histórias de você,

E de repente me fazer muito carinho,

E chorar bem de mansinho sem ninguém saber porque,

E se mais do que minha namorada,

Você quer ser,

Minha amada,

Minha amada mas amada pra valer,

Aquela amada pelo amor predestinada,

Sem a qual a vida é nada,

Sem a qual se quer morrer.

Você tem, que vir comigo em meu caminho,

E talvez o meu caminho, seja triste pra você,

Os teus olhos tem que ser, só dos meus olhos,

E os seus braços, o meu ninho,

No silêncio de depois,

E você tem, que ser a estrela derradeira,

Minha amiga e companheira,

No infinito de nós dois.

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[Música: Carolina
Autoria: Letra e Música: Chico Buarque de Holanda
Interpretação: Chico Buarque de Holanda]

nos seus olhos fundos guarda tanta dor,

a dor de todo esse mundo

Eu já lhe expliquei, que não vai dar,

seu pranto não vai nada ajudar

Eu já convidei para dançar,

é hora, já sei, de aproveitar

Lá fora,amor,

uma rosa nasceu, todo mundo sambou,

uma estrela caiu

Eu bem que mostrei sorrindo,

pela janela, ah que lindo

Mas Carolina não viu...

Carolina,

nos seus olhos tristes, guarda tanto amor,

o amor que já não existe,

Eu bem que avisei, vai acabar,

de tudo lhe dei para aceitar

mil versos cantei pra lhe agradar,

agora não sei como explicar

Lá fora, amor,

uma rosa morreu, uma festa acabou,

nosso barco partiu.

Eu bem que mostrei a ela,

o tempo passou na janela

e só Carolina não viu.

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[Música: Festa de Arromba

Autoria: Roberto Carlos e Erasmo Carlos

Interpretação: Erasmo Carlos]

Vejam só que festa de arromba

No outro dia fui parar,

Presentes no local,

O radio e a televisão

Cinema, mil jornais,

Muita gente, confusão,

Quase não consigo,

Na entrada chegar

Pois a multidão,

Estava de amargar,

Hey, Hey,(hey, hey)

Que onda,

Que festa de arromba.

Logo que eu cheguei eu notei,

Ronnie Cord com um copo na mão

Enquanto Prini Lorez,

Bancava o anfitrião,

Apresentando a todo mundo,

Meire Pavão,

Wanderléa ria e Cleide desistia,

De agarrar um doce,

Que do prato não saia,

Hey ,Hey ( hey hey)

Que onda,

Que festa de arromba.

Renato e seus Blue Caps,

Tocavam na piscina

The Clevers no terraço,

Jet Black's no salão,

Os Bells de cabeleira,

Não podiam tocar,

Enquanto a Rosemary,

Não parasse de dançar,

Mas vejam quem chegou de repente,

Roberto Carlos em seu novo carrão,

Enquanto Tony e Demétrius,

Fumavam no jardim

Sérgio e Zé Ricardo,

Esbarravam em mim,

Lá fora um corre corre,

Dos brotos do lugar,

Era o Ed Wilson que acabava de chegar

Hey, Hey,(hey, hey)

Que onda,

Que festa de arromba...

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